Cultura, Saberes e Sabores da Mulher Preta: Celebrando Tereza de Benguela

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Feijoada da Mulher Preta - Quinta edição

A Obra Social Filhos da Razão e Justiça, sediada no bairro Santa Cruz, realiza a quarta edição do evento Cultura, Saberes e Sabores da Mulher Preta: Celebrando Tereza de Benguela, com a promessa de um dia inteiro de exaltação da musicalidade, história, cultura e 

culinária do povo afro-brasileiro. A festividade pretende discutir o papel da mulher negra na sociedade, suas lutas e desafios, e, principalmente, celebrar as grandes heroínas da história não contada, como a Rainha Tereza de Benguela, e homenagear as heroínas do dia a dia das comunidades e periferias do Rio de Janeiro e do Brasil. 

 

 

No dia 25 de Julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha e, no Brasil, também celebramos a rainha Tereza de Benguela, pois a sua história é um grande exemplo da força, inteligência e liderança das mulheres negras. Tereza de Benguela foi uma rainha quilombola que viveu no estado do Mato Grosso no século XVIII. Ela se tornou líder do Quilombo do Quariterê após a morte do marido, José Piolho, e resistiu bravamente aos ataques dos colonizadores brancos que queriam escravizá-la e destruir o quilombo. Além disso, a Rainha Tereza possuía grande poder de liderança e administração, pois foi capaz de manter o Quilombo do Quariterê funcionando plenamente durante anos, com plantações de alimentos para consumo dos que ali viviam, comércio externo do excessivo da produção e também uma organizada linha de batalha para defender o quilombo dos portugueses. Assim, mesmo tendo sua história apagada dos livros didáticos brasileiros, a memória de Tereza de Benguela foi recuperada pelos movimentos negros como um exemplo de heroína negra da História brasileira, e por isso temos um dia para comemorar em seu nome e homenagear todas as mulheres negras do Brasil (Fonte: Portal Geledés).

Nesse sentido, a Obra Social Filhos da Razão e Justiça está desde 2022 dando vida a essa grande celebração na Comunidade do Mineiro Pau (Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro), que já se tornou em uma festa tradicional da comunidade, que possui um rico passado cultural ligado a dança Mineiro Pau, que dá nome a localidade.

 

 

 Assim, Cultura, Saberes e Sabores da Mulher Preta: Celebrando Tereza de Benguela se faz necessário pois é um movimento que busca reivindicar a valorização da mulher preta na sociedade brasileira, bem como seus feitos, suas histórias, suas experiências e também trazer para o público presente uma nova perspectiva sobre esse grupo social, não pautado na dor e no sofrimento, mas celebrando as vitórias e os avanços conquistados por elas.

 

 

Programação:

9h – Café da manhã: café de terreiro

Para dar início a celebração pretende-se realizar um café da manhã gratuito construído com comidas típicas relacionadas a culinária afro-brasileira como: café de garapa, leite de curral, aipim, batata doce, bolo de fubá, curau, cuscuz, inhame, canjica, bolinho de chuva, entre outros.

10h – Roda de conversa: “Mulher preta: corpos que resistem, território que nos abrigam, poderes que construímos – Qual é o nosso lugar?”

O objetivo desta atividade é construir um espaço de debate e troca de experiências entre mulheres pretas a partir do tema “Mulher preta: corpos que resistem, território que nos abrigam, poderes que construímos – Qual é o nosso lugar?” Pensando suas vivências e conquistas pessoais. Esse momento é pensado para que essas mulheres possam dialogar entre si e com o público presente, sobre quais os desafios enfrentados para alcançar espaços de poder na nossa sociedade racista e machista. Nossas convidadas de 2025 são: Ana Paula Pereira, Ana Carolina Duarte, Dandara Suburbana e Luciana Tucuju.

12h – espaço reservado para homenagem aos Ancestrais da Casa. 

13h – Almoço: Feijoada da Mulher Preta 

 

 

14h – Apresentação da turma Sementes de Girassóis

14h30 – Brincadeiras Afro-brasileiras

15h – Apresentação do grupo Arreia Coco (Coco de Roda)

15h30 – Teatro “Recontando a Minha História Preta”

16h20 – Grupo de Dança Mineiro Pau Valdemar Madalena

17h30 – Oficina de Charme

18h – Grupo de Jongo São Pedro e São Paulo

 

 

18h30 – Encerramento oficial:  Quitutes de Terreiro – Como um “até logo” para os participantes, a OSFRJ encerra o evento com uma mesa de quitutes afro-brasileiros, já deixando o convite para o próximo evento em novembro.

 

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